Curso de Teoria de Música, Parte 1 (Nível 1)


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Se preferir, pode também ler algumas partes aqui mesmo, mas infelizmente muitas fotos foram deletadas. Por isso recomendamos ler o curso em pdf (ou epub ou mobi). O pdf está mais exato. 

A parte 4 (Escalas gregas e tons litúrgicos), no  entanto, fica completa online, porque o pdf não mostra os vídeos (só os links deles.)







CURSO DE TEORIA  EM TRÊS NÍVEIS

Raul Blum - Francis Hoffmann - Axel Bergstedt
Escola Evangélica Luterana de MúsicaCariacica, ES - Igreja Evangélica Luterana do Brasil



O curso está escrito em três ní­veis, que poderiam ser usados para três grupos em cursos intensivos de música. Alguns blocos com desenhos são definidos como imagens e podem ser aumentadas ou diminuidas com a ferramenta do seu servidor.

NIVEL I
Capítulo I – Introdução e propriedades da música
Capí­tulo II – Notação musical
Capí­tulo III – Articulações e ponto de aumento
Capí­tulo IV – Compassos
Capí­tulo V – Escala diatônica – Tom e semitom
Capí­tulo VI – Sinais de alteraração
Capí­tulo VII – Fermata
Capí­tulo VIII – Sinais de intensidade

Capítulo I – Introdução e propriedades da música
Se prestarmos um pouco de atenção, veremos que a música está presente em todos os momentos de nossa vida, seja no cantar dos pássaros, no balançar das árvores, no cair da chuva; a natureza mostra-se uma orquestra.
Temos, na música, sons de altura definida, e sons sob a forma de ruído, isto é, sem altura definida.
A música é a arte de combinar sons, ruídos e silêncio, combinados de acordo com as variações da altura, proporcionados segundo a sua duração e ordenados sob as leis da estética
A melodia, o ritmo e a harmonia são os elementos fundamentais da música
A melodia consiste na sucessão dos sons formando um sentido musical
O ritmo é o movimento dos sons regulados pela sua maior ou menor duração
A harmonia consiste na execução de vários dons ouvidos ao mesmo tempo, observadas as leis que regem os agrupamentos dos sons simultâneos.
Também temos como importantes elementos musicais a intensidade, propriedade do som sem mais forte ou mais fraco;  a duração, período de produção de um som; o timbre, propriedade identificadora da origem do som e; a altura, propriedade do som de ser mais grave ou mais agudo.

Capítulo II – Notação musical
1.     Notas
Os sons musicais são representados graficamente por sinais denominados notas; e à escrita da música dá-se o nome de notação musical
As notas são 7: dó-ré-mi-fá-sol-lá-si.

2.     Escala
Quando essas 7 notas são ouvidas sucessivamente formam uma série de sons à qual se dá o nome de escala.
Se a escala segue sua ordem natural (dó-ré-mi-fá-sol-lá-si) temos uma escala ascendente; seguindo em ordem inversa (si-lá-sol-fá-mi-ré-dó) temos uma escala descendente.



A pauta, entretanto, não é suficiente para conter todos os sons musicais. Por esse motivo, usam-se linhas chamadas suplementares superiores ou suplementares inferiores colocadas, respectivamente, acima e abaixo da pauta. Também são usados os espaços formados entre as linhas suplementares.
As linhas e espaços suplementares são contados de baixo para cima quando superiores e de cima para baixo quando inferiores. O número de linhas e espaços suplementares não é limitado, porém, não é comum usar mais que 5.



clave de sol é escrita na 2ª linha.
clave de fá é escrita na 4a linha (e raramente na 3a).
clave de dó é escrita na 1a, 2a, 3a e 4a linha.
Cada clave dá seu nome à nota escrita em sua linha. Depois de termos definido uma nota podemos achar as outras contando dela para cima ou para baixo.

5.     Valores
Para representar as várias durações dos sons musicais são usadas figuras, também chamadas valores. Existem dois tipos de figuras, as chamadas notas (figuras de som) e as chamadas pausas (figuras de silêncio). Cada nota tem sua respectiva pausa:
             
                          semibreve        mínima        semínima          colcheia        semicolcheia       fusa            semifusa
         
                         




Capí­tulo III – Articulações e ponto de aumento
1.     Ligado (“Legato”)
A ligadura é uma linha curva colocada acima ou abaixo das figuras. Quando a ligadura compreende sons da mesma entonação (altura) indica que os sons ligados não devem ser repetidos. Recebe o nome de ligadura de valor



As figuras de som pontuadas podem ser substituí­das por notas ligadas, como nos exemplos.

(Além das ligaduras mencionadas existem ainda a ligadura da quiáltera (veja parte 2.3.) e a ligadura de expressão, que muitos usam como sinônimo da ligadura de frase, mas alguns alegam que às vezes a frase nem é tão ligada e mesmo assim se marca-a com uma ligadura para o músico a identifique mais fácil. A ligadura de expressão exige sempre uma articulação bem ligada.)

Capítulo IV – Compassos

1.     Generalidades
As figuras que representam o valor das notas não têm valor fixo. Para que as figuras tenham um valor determinado na duração do som esse valor é previamente convencionado, e é a esse espaço de duração que se dá o nome de tempo.
Assim, se estabelecermos que a semínima tem a duração de 1 tempo, a mínima valerá 2 tempos e a semibreve terá seu valor igual a 4 tempos. Já a colcheia valerá ½ de tempo, a semicolcheia ¼, e assim por diante.
Os tempos são agrupados dentro de uma combinação de compassos e serão:

                        Binários è se de 2 tempos por compasso
                      Ternários è se de 3 tempos por compasso
                  Quaternário è se de 4 tempos por compasso
                       Quinário è se de 5 tempos por compasso
Compasso de 6 tempos è se de 6 tempos por compasso
                    Septenário è se de 7 tempos por compasso
Compasso de 12 tempos è se de 12 tempos por compasso

Cada compasso é separado um do outro por uma linha vertical, o travessão. Na terminação de um trecho musical é posto um travessão duplo. Se a terminação for absoluta, o segundo travessão é mais grosso que o primeiro e recebe o nome de pausa final.

2.     Compassos simples
Compassos simples são aqueles cuja unidade de tempo é representada por uma figura simples, isto é, não pontuada.
Os compassos são indicados por uma fração posta no início da pauta, onde o numerador determina o número de tempos do compasso (unidade de compasso – UC), e o denominador determina a figura que valerá 1 tempo no compasso (unidade de tempo - UT).
Todas as notas servem para denominadores e o número que a representará está ligado com a sua proporcionalidade em relação à semibreve.
Os números que servem para numeradores nos compassos simples são: 2 (binário), 3 (ternário), 4 (quaternário). (Existem ainda 5 (quinário), 7 (septenário) e 12 (compasso de 12 tempos). Esses três últimos, porém, não serão trabalhados ainda por serem compassos mistos.)






Capítulo V – Escala diatônica – Tom e semitom

Sempre que duas notas diferentes são reproduzidas, nota-se uma diferença de altura entre elas. Essa diferença de altura é chamada de intervalo.
O intervalo pode ser maior ou menor, de acordo com a disposição das notas. A menor distância, porém, e é a que nos interessa no momento, na música ocidental, é chamada semitom. Se juntarmos dois semitons formaremos um tom.

1.     Escala diatônica
Sucessão de 8 sons conjuntos separados por intervalo de tom ou de semitom. A cada som, ou cada nota, da escala diatônica dá-se o nome de grau. Logo, a escala diatônica possui 8 graus, sendo o VIII a repetição do I. Cada grau possui seu respectivo nome, como se é mostrado:
   I grau – tônica                            V grau – dominante
  II grau – supertônica                  VI grau – superdominante
 III grau – mediante                    VII grau – sensível
 IV grau – subdominante           VIII grau – tônica



O I grau é o mais importante da escala. Todos os demais têm afinidade absoluta com ele.
O nome da escala é determinado pela tônica (I grau). Após a tônica, as notas de maior importância são a dominante (V grau) e a subdominante (IV grau).
Os graus da escala também se classificam como:

Conjuntos è quando sucessivos     Disjuntos è quando existe nota intercalada entre ambas

2.     Tons e semitons naturais
Os tons e semitons contidos na escala diatônica são chamados naturais











Capítulo VII – Fermata

Fermata: (italiano) Parada. Por exemplo chama se assim um ponto de ônibus.
A fermata é um sinal, que colocado acima ou abaixo de uma nota, ou pausa, indica que se deve prolongar a duração do som mais tempo que o seu valor estabelecido.
O valor da fermata depende da interpretação do executante, não tendo um valor determinado
Pode-se ainda acrescentar sobre a fermata as palavras longa ou curta, indicando uma sustentação maior ou menor do som.
               



Capítulo VIII – Sinais de intensidade
A variação dos sons fortes e fracos constitui o colorido da música, e é indicada, geralmente, por palavras italianas (quase sempre abreviadas), as mais usadas são:
Pianíssimo (pp) ----- fraquíssimo                  Morendo ---------------- desaparecendo o som
Piano (p) ------------- suave                            Diminuindo (dim.) ---- diminuindo
Mezzo-piano (mp) -- meio suave                   Smorzando (smorz.) -- extinguindo o som
Mezzo-forte (mf) --- meio forte                     Rinforzando (rinf.) ---- reforçando o som
Forte (F) ------------- forte                              Crescendo (cresc.) ----- crescendo











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